A hipocrisia tática

Em um novo momento do futebol brasileiro,  com novas arenas, novas gestões tomaram conta dos clubes, mas a velha reclamação dos treinadores brasileiros: a falta de tempo para treinar. A reclamação parece pertinente em um campeonato brasileiro que bateu recorde de troca de comando,  26 no total.Mas, alguns desses, deixaram o clube no meio do trabalho, provando a hipocrisia e a falta de uma organização dos treinadores brasileiros, o que acarreta em treinadores hipócritas que a medida que pedem tempo, se demitem de clubes pequenos ou médios para assumir grandes interrompendo um trabalho no meio.
Doriva, ex-jogador do São Paulo, atualmente técnico sem clube, é o simbolo total da hipocrisia que os técnicos sofrem, Em 2015, comandou 4 clubes. Sendo que, o primeiro trabalho nem chegou a ser realizado. O treinador iria começar este ano comandando o Botafogo-SP, porém, o Vasco tentou contato e o comandante, nem exitou e largou o time do interior de São Paulo para comandar o cruz-maltino. Logo depois de demitido pelo Vasco, Doriva foi parar na Ponte Preta, outro time do interior paulista, porém que disputava a Série A do Brasileirão. Mesmo com uma boa sequência, tirando a macaca da segunda metade da tabela com cinco pontos de distância do G-4 em um recorde de 4 vitórias seguidas comandando o time de Campinas. Seria a volta por cima de Doriva? Errado.  
Em 07 de outubro de 2015, Doriva é anunciado como novo técnico do São Paulo no lugar de Juan Carlos Osório, que saiu para comandar a Seleção Mexicana, para o restante do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.O anuncio da ida do técnico para o clube paulistano foi feito no site oficial do time de Campinas, a Ponte Preta, antes mesmo de uma nota oficial do São Paulo. Ele já esteve no clube em outras duas ocasiões, em 1991 e em 1993, na primeira delas veio por indicação de Telê Santana.
No dia 9 de novembro de 2015, Doriva é demitido do comando técnico do São Paulo, um dia após a derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro no Mineirão pelo Campeonato Brasileiro, totalizando apenas 7 jogos no cargo, com um aproveitamento irregular de apenas 33%.
Em 2015, comandou 4 clubes, mostrando a hipocrisia que cerca técnicos que pedem mais tempo para comandar times, e , que ao invés de rejeitar propostas de clubes para assumir no meio da temporada, mostram o quão hipócritas são, como consequência são demitidos pelos mesmos que o contrataram prometendo ''tempo de trabalho''. Somente enquanto os técnicos perceberem o poder de mudança que carregam nas mãos, podem mudar a estrutura do futebol brasileiro quando o assunto é comando técnico. No mesmo momento que acabo este texto tático, Doriva já tem outro trabalho confirmado para 2016; Hipocrisia Futebol Clube.

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